EUA encerram 300 sites em vésperas da final do Super Bowl
A final do Super Bowl levou as autoridades a encerrar mais de 300 sites, sendo que 16 deles disponibilizavam a retransmissão gratuita de eventos desportivos.
As autoridades referem que se trata de mais uma acção de combate à pirataria em rede, tendo para além do encerramento dos sites ocorrido a detenção de uma pessoal acusada de violação dos direitos de autor. O detido foi identificado como Yonjo Quiroa, de 28 anos, que será o responsável pelos 16 sites de transmissão de eventos mencionados, sendo que operava a partir de casa.
A notícia desta operação é avançada pelo site Torrentfreak, que refere ainda que muitos dos sites encerrados estavam relacionados com a venda de material contrafeito relacionado com o Super Bowl e outros eventos do género. Uma das novidades desta operação foi o facto de, pela primeira vez, as autoridades dos EUA terem podido encerrar sites com o domínio .tv, que pertence às ilhas Tuvalu, mas que é operado pela Verisign, que está sedeada em território norte-americano.
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O Super Bowl, a pirataria na Internet e o "quarterback" que vê jogos em sites ilegais
Se é fanático por futebol americano e estava a pensar ver a final do próximo domingo num desses sites que ninguém assume ter na lista de favoritos, a partir de hoje tem menos opções: o Ministério Público de Nova Iorque mandou encerrar 16 sites que transmitem eventos desportivos em tempo real (streaming) e deteve uma pessoa. O mais curioso é que esta operação foi anunciada poucas horas depois de o famoso quarterback dos New England Patriots, Tom Brady, ter admitido que viu o Super Bowl do ano passado num site ilegal.
"No ano passado, estava a recuperar de uma lesão num pé, na Costa Rica, a ver o jogo num site ilegal. Este ano vou mesmo estar na final. É muito fixe." A frase, largada pelo marido da supermodelo brasileira Gisele Bündchen a meio de uma conferência de imprensa de antevisão da final do próximo domingo, entre os New England Patriots e os New York Giants, até poderia ter passado despercebida, mas a operação das autoridades norte-americanas contra a transmissão ilegal do jogo tornou inevitável a ligação entre as duas histórias.
O responsável pela operação que levou à detenção de Yonjo Quiroa, de 28 anos, acusado de violação dos direitos de cópia, foi o procurador de Nova Iorque Preet Bharara, uma estrela da justiça norte-americana por liderar dezenas de investigações contra os crimes financeiros de Wall Street.
Depois de a sua fotografia ter aparecido na imprensa norte-americana encimada por títulos como "O novo Batman de Gotham City" ou "Há um novo xerife na cidade", Bharara atingiu por estes dias o ponto mais alto do seu reconhecimento público, ao aparecer na capa da mais recente edição da revista Time. O título é "Este homem está a mandar Wall Street para a cadeia", numa referência às 63 acusações por insider trading em menos de três anos no cargo – entre as quais a do esquema do antigo financeiro Bernard Madoff –, 56 das quais resultaram em condenações e sete aguardam ainda a decisão final dos tribunais.
"Estes sites e os responsáveis por eles privam as ligas desportivas e os grupos de media de receitas legítimas", através de um método que define como "furto virtual", afirmou o procurador numa conferência de imprensa em Manhattan.
Os sites encerrados nesta operação da procuradoria de Nova Iorque transmitiam ilegalmente jogos das ligas de futebol americano (NFL), basquetebol (NBA) e hóquei no gelo (NHL) e das competições de luta livre das associações World Wrestling Entertainment (WWE) e TNA Impact Wrestling. Segundo a acusação, o suspeito detido nesta operação, Yonjo Quiroa, geria nove dos sites agora encerrados a partir da sua residência, no estado norte-americano do Michigan, e recebeu pelo menos 13 mil dólares em publicidade entre Fevereiro de 2010 e Janeiro de 2012.
Tal como várias outras operações lideradas pelo procurador Preet Bharara, esta também poderá vir a ser alvo de polémica devido aos métodos controversos utilizados pela sua equipa – neste caso, um agente do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos fez-se passar por representante da WWE e propôs ao suspeito a compra de vários dos seus domínios na Internet, tendo recebido como resposta a abertura para "fazer negócio".
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