Por um lado concordo por outro não. Concordo de tentar copiar até à exaustão é algo um pouco sem nexo. Quem quer realmente um MacOS mais vale poupar e comprar um Mac porque aí terá certamente todas as potencialidades desse excelente sistema que, na minha opinião, só peca em ser fechado.
Por outro lado, a ideia de copiar só mostra o poder que o Linux tem em termos de capacidade de personalização. E nem sequer estou a referir-me apenas a personalização estética mas também funcional.
Sobre o
PearOS, sempre achei que a cópia era um pouco rafeira. Há vários pormenores que foram cópias literais, mas depois vemos muitos outros pormenores, bastante mais relevantes na minha opinião, que não foram considerados. O que para mim perde imediatamente.
Para além disso, o sistema estava francamente verde, no sentido da falta de amadurecimento e estabilidade. O que acho que é perfeitamente natural por ser desenvolvido por uma pessoa apenas e por ser algo relativamente novo. Por isso, apesar de ser mau, sou o primeiro a dizer que para ser trabalho de uma pessoa o resultado estava excelente.
Agora a questão é: quem comprou o projeto? Será que o projeto valeria algum dinheiro? Eu se quisesse um projeto destes simplesmente fazia um fork e pronto! Este é o lado mau (e bom!) do open-source: a qualquer momento, qualquer um pode pegar num projeto e criar a sua linha de desenvolvimento sem ter de pagar nada por isso. Ora, isto leva-me a pensar se realmente foi comprado ou não.
Apenas para terminar a questão da cópia. Por mim podem copiar sempre que quiserem as boas ideias. O Ubuntu, com o seu Unity, é um conjunto de cópias: junta o melhor do macOS (o painel superior com a barra de ferramentas das aplicações; junta a barra lateral semelhante à do Windows; junta características clássicas do Linux, como a organização aplicacional; e ainda traz um conjunto de funcionalidades extra excelentes, como a questão do Maximus (remoção da barra de título quando maximizado). O mesmo acontece, mas de forma bastante diferente, no caso do
ElementaryOS, onde existe uma clara iniciação no MacOS mas também uma procura incessante de identidade com uma usabilidade muito inteligente. Acho que projetos como estes dois são os melhores e se repararem têm um vertente de cópia muito alta. Não posso também esquecer de falar do Gnome (3) que é também um projeto que procura uma identidade e que tem demonstrado trazer ideias espetaculares!