Conte como conheceu o Ubuntu.!

[leandrolopes]

Alô ubunteros de plantão, conte como você conheceu o Ubuntu. Compartilhe a sua história com os nobres colegas do Forum Ubuntued.

[Claudio Novais]

Eu até há 5, quase 6 anos atrás era um utilizador compulsivo de Windows. Sabia cada canto dele e tinha a certeza que era ótimo com o meu antivirus predileto, mais o meu anti-spyware, mais o meu anti-trojan, mais a minha firewall super configurada, mais o meu tweaker de limpeza de registry mais o meu desfragmentador do disco mega avançado mais mais mais.... pois já estão a ver, certo?

Pois bem, entrei na Universidade e deram-me a conhecer o Linux que eu sempre refutei logo sem ouvir qualquer argumento! À primeira vista, voltei a refutar, não o queria! Depois, comecei a ver que se calhar ele era engraçado, pois via os meus colegas com efeitos espetaculares (compiz), baterias que duravam uma eternidade e não usavam nenhum programa €squisito para manter o sistema bom.

Foi aí que pedi (passado dois meses) para me instalarem um Linux, na altura o Ubuntu ainda tinha muita coisa que evoluir, mas tinha uma vantagem que já não existe: ERA LEVE, super leve!!! Assim, começaram os meus primeiros passos que me custaram imenso!!! Tentava fazer tudo no Ubuntu como fazia no windows e isso era como uma facada que recebia, pois nada funcionava dessa maneira. Programas não fazia a mínima ideia de como instalar, configurações não eram num Painel de Controlo, entre muitos outros pormenores.

Mas uma coisa eu reparei: não foi preciso instalar um único driver! Programas já os tinha praticamente todos os que precisava e por isso comecei a investir tempo nele! Na altura com a ajuda do Ubuntu Dicas, dei grandes passos e em mês e meio resolvi apagar o Windows e usar a 100% o Ubuntu! Foi como de um amor intenso à primeira vista!

No entanto, ainda muita ideia da minha cabeça tinha de sair para me habituar completamente ao funcionamento diferente do que estava habituado. Diferente não para melhor nem para pior (talvez mais inteligente, óbvio, nada mais!).

E foi aí que pensei: como eu existe muitos utilizadores que se sentem com tantos problemas e dúvidas sobre o Ubuntu, sobre a questão da multimédia no Ubuntu, sobre programas recomendados, sobre tweaks interessantesetc etc etc. Foi aí que pensei: Bem, acho que vou investir o meu tempo livre em algo que possa ajudar novos utilizadores tal como o Ubuntu Dicas me ajudou (e muitos outros sites). Mas esse investimento tem de ser certo! Não quero apenas fazer um site com comandos e pronto, que se desenrasque o utilizador que tiver a ler! Não! Eu quero fazer algo que marque a diferença, que o utilizador se realizar o que está escrito tenha a certeza que será bem sucedido!

Foi nesse dia que comecei a pensar num projeto de ajuda, e acima de tudo, português! Mas faltava o nome! E eis aqui (creio que nunca o disse publicamente) que tive de pensar num nome! Pois bem, como eu fiquei "ubuntizado" em tão pouco tempo, pensei, em inglês, como se costuma adjetivar as coisas, por exemplo, uma coisa com metal é metalizada, em inglês ficaria metalized. E então a descoberta para o nome do novo projeto foi fácil: Ubuntued. Como se ficasse ubuntizado!

Entretanto, com o decorrer dos novos artigos, fui vendo que tinha adeptos mas o crescimento era baixo. Foi aí que decidi criar algo mais apelativo esteticamente e criei o segundo visual e comprei um domínio. As visitas não pararam de crescer e passado dois anos voltei a alterar o aspeto com um servidor dedicado!

Desde então é só problemas! Mas são problemas bastante positivos! Problemas de tráfego, os acessos foram tantos, que várias foram as vezes que tive de investir tempo a melhorar o desempenho do site para conseguir manter tantos utilizadores. A verdade é que finalmente, há uns meses atrás consegui resolver, para já em definitivo, este problema! E, depois de muitas queixas de que o servidor ia a baixo ou estava lento, agora posso dizer que está bom de saúde!

Sobre o tráfego que ele gera? Não é muito, mas tendo em conta que está tudo otimizado, com imagens super compactadas e, por isso muito pequenas, creio que é alguma coisa. O tráfego atualmente do Ubuntued é de cerca de 100GigaBytes por mês! Estas transferências são de apenas imagens e de texto, por isso creio que podemos dizer que gera algum tráfego

E pronto, esta é a minha história do Ubuntu e aproveitei e contei um pouco de como apareceu o Ubuntued!

PS: Um outro problema foi satisfazer a fome dos leitores! Quando comecei, os artigos apareciam esporadicamente, no entanto, comecei a receber muitos pedidos para que começasse a gerar mais artigos por semana e até vários por dia. O problema é que não tenho tempo livre o suficiente e máximo que tenho conseguido é um artigo por dia e sempre, agora, com a ajuda dos redatores do Ubuntued que criaram a equipa do Ubuntued, o Pedro Lobo, o Luís Cardoso e o António Cascais!

[Luis Cardoso]

Ano lectivo 1998/99 estava eu no 7º ano escolar quando tive o meu primeiro computador com o Windows 98, fiquei entusiasmado com tal SO, aliás é o meu preferido vindo da Microsoft. Até 2006 apenas usava Windows, passando pelo XP.
Usei Mac OS apenas para programar durante as aulas de Programação I. Nessa altura ficou o bichinho por SO baseados em Unix e, com a ajuda de um colega, fiquei a conhecer um pouco mais sobre as alternativas livres ao Mac OS. Depois de algumas pesquisas, lá fui experimentando alguns SO Linux.
Na altura comprava revista da Exame Informática e por diversas vezes os DVD's continham um ou outro Linux (OpenSUSE, Mepis, Ubuntu, etc). Como não tinha uma conexão forte à Internet, optei por experimentar os diferentes SO numa máquina que já mal aguentava o Windows. Comecei por tentar instalar o OpenSUSE, mas chegava à parte do arranque e empancava. Experimentei o Ubuntu 7.04, funcionou como deve ser, mas não tive o devido cuidado com as partições, apaguei o Windows e tudo o que lá tinha. Tirando esse pequeno problema, fiquei ao ver que um PC que passava o tempo todo à apitar com Windows, instável, etc, a comportar-se muito bem e com os efeitos activos e a bombar! Tudo isto sem ter a necessidade de instalar qualquer tipo de driver. Depois foi a altura de testar o Mepis e também fiquei encantado com este, que ao invés do Gnome tinha o KDE, ficando assim a conhecer 2 ambientes diferentes.
Depois de algumas pesquisas lá instalei o Ubuntu 8.04 no meu portátil que usava como máquina de produção (casa + universidade), tendo desta vez o cuidado de manter o Windows. Como ainda não conhecia bem onde me tinha vindo meter, andei a pesquisar pela net nas horas vagas (pois apenas tinha net na universidade e por cabo), pois não conseguia ligar-me por Wireless ou placa 3G. Então, numa dessas pesquisas cheguei ao e consegui avançar para o 8.10 com mais confiança. Comecei a ver que em termos de personalização tinha algumas semelhanças ao Windows 98, nomeadamente ao fundo do Nautilus.
Em 2009, tinha um portátil com apenas Ubuntu 9.04 e outro novo com Windows Vista ( ), só para algumas tarefas que exigiam o uso de Windows...
Em finais de 2010, todos os PC's que uso têm Ubuntu mantendo o Windows XP em Virtualbox, pois o Wine ainda falha em alguns programas e o Linux ainda não tem programas que consigam substituir totalmente aquelas que preciso.

E é esta a minha história com o Ubuntu

Não tive muitos problemas de transição entre diferentes SO, pois tive pouco contacto com Windows, pelo que foi fácil habituar-me a diferentes ambientes e funções/programas. Actualmente custa-me um pouco quando volto ao Windows para ajudar amigos/familiares ou para fazer manutenção de PC's com Windows, pois sinto falta dos automatismos que os SO Linux oferecem...

[lufan]

Começo dizendo que sou do interior do menor estado do Brasil! e muitos sabem que nesses locais a tecnologia chega a passos de formiga (ou de tartaruga, já que a formiga é bem ligeirinha!).

Aos meus 10 anos, minha irmã mais velha chega com um brinquedo novo em casa, uma coisa bem estranha, parecia uma Tv mas tinha uma maquina de escrever "acoplada" e não passava os meus desenhos favoritos, ao invés disto, ao ligar aquele "troço", aparecia uma imagem de um céu azul, uma bandeira estranhíssima e uns dizeres tipo "Windows 95"; eu ficava encantado quando minha irmã mexia com um objeto redondo parecendo um ratinho e um ponteiro acompanhava os movimentos dela.

Cada vez que ouvia o barulhinho da música de abertura do tal Windows eu ia para perto da minha irmã observar o que ela iria fazer, foi paixão platônica pelo computador. Passado algum tempo, eu já conseguia utilizar aquela máquina de forma bem natural, eu ligava, desligava, instalava programinhas (e vírus) e etc!!.

Na minha cidade tinha pouca gente que entendia de Computador com mais afinco, mas um deles sempre ia lá em casa passar umas dicas de utilização. Um certo dia, numa passeada pela capital, vi uma revista que falava de um tal "Linus" e que esse carinha tinha criado uma coisa bem legal na área tecnológica, me interessei pelo artigo e comprei a revista, nessa revista vinha também um artigo falando sobre um tal de Kurumin e as facilidades que essa distro prezava; acessei minha internet discada e procurei mais sobre esse tal Kurumin e a cada site ficava mais encantado, procurei o meu amigo que entedia de computador e falei sobre o Linux e o Kurumin, de prontidão fui repreendido: "Isso é coisa de nerd", "É tudo preto", "Você não pode jogar Doom nele e etc", eu sempre fui "do contra" e essa repreensão me deu mais curiosidade e desejo de testar esse tal de Linux, fui na internet e comprei um cd do Kurumin, aí iniciou a minha saga.

Deixo claro que no início foi uma tortura, eu tinha dificuldade de instalar as coisas e etc, mas a cada derrota que eu tinha no Kurumin, me dava mais vontade de aprender mais e mais. Depois que me acostumei com o Kurumin, fiquei viciado nesse mundo Linux e comecei a experimentar outras distros e como a banda larga a essa época já tinha chegado próximo a minha cidade, assisti um vídeo do Ubuntu 7.04 com os efeitos do Beryl, aí pronto era questão de honra deixar o meu sistema daquele jeito! Pedi o cd do Ubuntu e depois de algumas semanas estava com ele em meu pc, mas não consegui colocar o Beryl pra funcionar de primeira, somente depois de muita pesquisa e do método de tentativa e erro consegui colocar o bicho para funcionar. Pronto o meu casamento com o Ubuntu estava selado.

Hoje eu uso o Ubuntu sempre nas suas novas versões e sou entusiasta, já utilizei o MacOS e digo que nele existem coisas que deveriam existir no Linux como: a facilidade na instalação de programas para quem não tem internet e outros pormenores, não critico o Windows pois foi com ele que comecei meus dias de tecnologia e acho que qualquer Sistema Operacional é válido, vai sempre depender da visão do utilizador!.

Desculpe-me pelo tamanho do texto!

[Claudio Novais]

Olá lufan,

Realmente sobre o seu texto, devia fazer mais parágrafos (dar 2 enters!), pois, desta maneira, é dificil de ler!

Sobre a sua história, incrível como você remou contra a maré! Espero que continue a ser um utilizador assíduo do Ubuntu e que participe muito aqui no fórum, pois pareceu-me bastante experiente nestas andanças o que pode ser importante para ajudar os utilizadores mais novatos!