Mudança de Ubuntu para Debian
- Depois de algum tempo a usar Debian, achei por bem vir dar o meu testemunho e referir o porquê (justificar) desta mudança, abdicando assim do Ubuntu. Apesar de ser um dos redactores do Ubuntued, o facto é que já não uso Ubuntu (só esporadicamente, quando visito a família por ter lá uma máquina com Ubuntu 12.04), substituindo-o por Debian.
Ubuntu, porque pesas tanto?
Quem certamente se lembra do Ubuntu até à versão 10.10 sabe bem do seu desempenho, todavia com a vinda do Gnome 3 e do Unity, veio também o peso excessivo, principalmente pela adopção do Kernel PAE em todas as máquinas de 32 bit, quando nem todas as máquinas e nem todos os drivers se dão a 100% com este Kernel. Para além de incluir uma funcionalidade que para quem tem menos de 4GB é um total absurdo.
Na esperança de que o Ubuntu fosse melhorando e que apenas se tratara da fase de transição, sempre muito complicada, devido ao facto de mexer com muitas bibliotecas do sistema, continuei a usar Ubuntu até à versão 13.04. Chegando a esta, disse para comigo -- BASTA. Porquê? Eu sei que não tenho um PC topo de gama, mas sei que ele é bem capaz de mais, por isso parti para outras margens, já que ele ficava cada vez mais lento a cada nova versão do Ubuntu. Mesmo aplicando alguns ajustes, desinstalando quase metade do Ubuntu, a coisa ficava sempre à margem...
Debian estável e rápido
Decidi então experimentar o recém anunciado Debian 7.0, testando com o Kernel 486 e com o 686 (Kernel-PAE), até que vi que o PC se portava bem melhor com o Kernel 486, ou seja, sem a componente PAE que permitia a computadores de 32 bit terem mais de 4GB de RAM usáveis. Apesar de ter referido que se portava melhor com o 486, não significa que não era usável com o 686, aliás, mesmo com o 686 tinha um desempenho melhor do que com o Ubuntu com o mesmo Kernel, apenas tinha uma certa tendência a aquecer mais depressa do que o 486, devido ao facto de estar a correr mais rotinas, nomeadamente o que permite lidar com o PAE e devido ao facto de os drivers não estarem 100% optimizados para o Kernel PAE.
Desde que passei a usar o Debian, passei a ter menos dores de cabeça, nomeadamente pelo facto de ao se ter mais do que um Ambiente Gráfico, haver sempre muita instabilidade associada, que não se tem vindo a verificar nesta distribuição, ao contrário do que acontecia no Ubuntu. Neste último, chegava ao cúmulo de fechar uma aplicação Gtk3 e o Openbox ir abaixo, já no Debian isso não acontece. Isto é um de muitos exemplos de instabilidades que se podem encontrar no Ubuntu.
Depois o facto de todo o meu hardware ser Intel-Based, torna mais fácil adoptar o Debian, justamente porque não requer drivers proprietários para que funcione correctamente. Assim, depois de instalado, mesmo sem ter acesso à Internet, posso-o usar sem ter de fazer absolutamente nada de mais, e como vem com as ferramentas que mais uso no Linux, nomeadamente editor de texto (Office e Gedit), editor de imagem (Gimp e Inkscape) entre outras aplicações, posso seguir com o meu trabalho.
Passando ao assunto da estabilidade, factor que me levou a abandonar o Ubuntu, devo dizer que o Debian é uma distribuição que não brinca em serviço, principalmente quando o assunto é segurança e estabilidade. Por isso se procuram estes requisitos, recomendo que o testem
Estou bastante satisfeito com o facto de ter mudado para o Debian e com ele aprendi muito mais sobre Linux, do que o Ubuntu alguma vez me permitiria aprender!