Com o passar do tempo, a Canonical tem mostrado gradualmente informações adicionais sobre este seu grande projeto dentro de uma das indústrias mais competitivas do Ubuntu. Uma das informações que é sempre muito interessante conhecer é o processo de desenvolvimento, conhecer como chegaram ao aspeto final deste super-smartphone.
Chee Yee Wong apresenta-nos de forma um pouco resumida, mas com fotografias bem interessantes, todo o processo de desenvolvimento, desde a etapa Zero até à modelação e impressão 3D. Conheça-o!
No seu artigo em que apresenta o processo de desenvolvimento, Chee Yee Wong, o designer industrial da Canonical, ele começa com um aspeto bem interessante: procuraram juntar todos os aspetos que gostava de ver materializados no pequeno dispositivo. Juntaram muitas coisas digitais relativas ao Ubuntu, nomeadamente o próprio Wallpaper, imagens dos protótipos que podemos encontrar na internet sobre dispositivos que usem Ubuntu, nomeadamente da Ubuntu TV, a interface para a Ubuntu TV e claro o Unity. Para além disso, pela imagem apresentada, também houve uma forte vertente de análise da moda dos pequenos objetos modernos, nomeadamente cadeiras, relógios, padrões entre outros que você pode ver melhor ao clicar na imagem abaixo:
O segundo passo foi tentar juntar tudo. Claro que este foi o processo mais complicado. No vídeo mais abaixo, você poderá constatar pelas palavras que Chee Yee Wong diz que para além destes vários pormenores que tiveram de juntar ainda tiveram de acrescentar pontos de usabilidade que fossem de encontro com a nova usabilidade muito bem apelidada do Ubuntu Touch, nomeadamente da utilização dos lados da interface do software.
Um dos aspetos interessantes que tiveram preocupação foi a utilização de uns cantos pouco arredondados, para combinarem com a inclinação no fundo e no topo do smartphone, que inclui as saídas de som. Este pequeno aspeto dá uma forma bastante interessante de proporcionar uma sonoridade superior.
Depois de terem feito vários desenhos, era necessário começarem a visualizar as coisas de forma mais real. Foi aí que decidiram avançar para a modelação 3D. Estranhamente não usaram o Blender visto ser uma empresa centrada em software livre. Por outro lado, tal como qualquer empresa que desenvolve materiais, utilizou programas de CAD (não especificaram qual) e acabaram por imriprimir os primeiros protótipos:
O processo depois entrou num processo repetitivo, em loop, até que conseguiram chegar a um resultado que satisfizesse os objetivos iniciais: fosse uma convergência do digital em algo físico, fosse ergonómico na mão e que visualmente fosse atrativo, com as diferentes curvas e texturas. Todo este processo necessitou também de uma análise exaustiva nos materiais para que a junção de todos eles não criasse uma complexidade visual demasiado evidente.
No final, depois de muitas rondas de aprimoramentos, chegaram a este modelo que podemos ver na imagem acima, onde existe uma sintonia evidente entre o hardware e o software capaz de ficar perfeito tanto na nossa mão, como no nosso bolso, como até na dock para termos um ambiente desktop.
Para finalizar apresentamos estes dois pequenos vídeos apresentados também pelo designer Chee Yee Wong, em que no primeiro é apresentada A Parede (o primeiro passo dado, apresentado no início do artigo) e no segundo vídeo são apresentados alguns dos modelos impressos: